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Omeprazol:mitos e verdades

Cápsulas de omeprazol

1) Já ouviu falar do tio, da vizinha, da cunhada, do papagaio falar que o Omeprazol faz mal à saúde e pode dar câncer? Pois é, o artigo hoje é para desmistificar esse fato.

O omeprazol pertence a uma classe de inibidor de bomba de prótons, juntamente com o pantoprazol, lansoprazol, esomeprazol, rabeprazol. Estão entre os remédios mais vendidos hoje. Servem para inibir a produção de ácido nas células do estômago. Esses remédios são importantes quando a pessoa tem doenças relacionadas ao excesso e prejuízo deste ácido no estômago como: doença do refluxo gastro-esofágico, úlceras gástrica e duodenal, gastrite por remédios.

As evidências científicas de hoje nos revelam que o uso prolongado dessas medicações podem sim causar alguns transtornos como diminuição do magnésio no sangue, diminuição do cálcio no sangue, risco de infecções durante os primeiros dias de uso (como pneumonias e infecções hospitalares pela bactéria Clostridium difficile, em idosos). e risco de fraturas, principalmente, no quadril. O risco de câncer com o uso prolongado da medicação NÃO foi demonstrado em humanos, somente em poucos trabalhos, com ratos.

2) Então doutor, devo tomar cuidado com o uso dessas medicações por muito tempo?

Sim, como tudo na vida, devemos avaliar o risco e o benefício de você estar tomando a medicação. Os cuidados devem ser avaliados em conjunto com o seu médico, que poderá avaliar você e seus problemas de saúde de perto e, dessa maneira, se utilizar (ou não) do remédio por muito tempo, avaliando caso a caso. Para isso, o médico deve estar atento aos riscos descritos acima e tomar medidas para preveni-los.

Para aquelas pessoas que já tomam a medicação há muito tempo, e estão sem
acompanhamento médico, o ideal e retornar ao seu médico 1 vez no ano para reavaliação da doença e da indicação da medicação.

Por ora, fiquem tranquilas quanto ao surgimento de câncer e o uso da medicação e foquem em consultas médicas regulares e em hábitos de vida saudáveis como evitar fumar e ingerir bebidas alcoólicas, realizar atividade física regular e uma dieta rica em fibras, verduras, legumes e carnes “brancas”.

Por fim, procure viver bem a vida e curtir com alegria um dia após o outro…e não esqueça de acompanhar com o gastroenterologista.

Matéria elaborada pelo Dr. Rafael Lima Kahwage. Médico gastroenterologista pela
Federação Brasileira de Gastroenterologia e membro associado a Rome Foundation.

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